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1 de março de 2025Deputada bolsonarista havia ingressado com pedido de indenização por declarações consideradas ofensivas contra sua honra, mas magistrado entendeu que a parte autora buscava ‘censurar a opinião de quem pensa de maneira distinta’

A deputada federal Julia Zanatta — Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A Justiça de Santa Catarina arquivou nesta quinta-feira uma ação da deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL) contra o PT. A parlamentar havia ingressado com pedido de indenização por declarações consideradas ofensivas contra sua honra, mas o juiz Luiz Claudio Broering entendeu que a parte autora buscava “censurar a opinião de quem pensa de maneira distinta”.
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“É no mínimo curioso que a autora se apresente como defensora da liberdade de expressão, tendo, inclusive, lançado frente parlamentar para garantia de tal direito e se colocado como presidente do grupo, mas que, ao ser criticada publicamente, busque censurar a opinião de quem pensa de maneira distinta”, escreveu o magistrado.
No processo, a deputada afirmou que as postagens imputam a ela adjetivos que violam sua imagem pública, “incluindo a acusação de incentivo ao ódio e associação a ideologias extremistas”. Já o PT alegou que “não emitiu qualquer juízo de valor ofensivo, limitando-se a publicar uma matéria jornalística com caráter meramente informativo”.
A sigla apontou também que “não houve ofensa, tratando-se de mera crítica política no contexto do debate público”.
A postagem citada no processo foi publicada pelo PT em junho de 2023. O post relatou uma entrevista da ex-senadora petista Ideli Salvatti, em que ela critica Zanatta.
— Ela é mais um dos infelizes exemplos desses parlamentares que se elegeram na onda do ódio, da violência e do culto armamentista. É uma pessoa vinculada à família de Jair Bolsonaro. A atitude dela de tentar me censurar, me proibir de comentar, nada mais é uma ação típica de golpista, nazista e fascista de exercer a censura — afirmou Ideli, na ocasião.
Na decisão, o juiz avaliou não ter havido abalo a honra da parlamentar, pois as falas “se limitaram a críticas severas realizadas por adversários políticos”.
Procurada pelo GLOBO, Zanatta afirmou que “já que o judiciário liberou: nazista é quem me chama de nazista”. A parlamentar também disse que “2026 está aí e vão perder na urna, como sempre em Santa Catarina”.
Fonte: O Globo | Por: Luis Felipe Azevedo